sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Vai Ser Luz de Natal - Orfanato Projeto Lar

Acordar cedo em um domingo com a clássica garoa de São Paulo, reunir 28 pessoas no estacionamento da Paróquia Santíssimo Sacramento e colocar um gorro de Papai Noel... Números não importam, muito menos o clima e o uniforme. Nossa ferramenta naquele dia era o AMOR.

O Orfanato Projeto Lar é composto por crianças de várias idades, que estão acomodadas em três casas em Osasco e que em dias especiais se reúnem em uma chácara. E lá fomos recebidos, junto com nossa ansiedade, brinquedos, maquiagem, doces, microfones, violão...

Em visitas como essa sempre há a preocupação em atender todas as idades, meninos e meninas, crianças e adolescentes. Assim, dividimos nossa programação com diferentes atividades para agradar a todos.

O destaque do dia foi o Cantinho da Beleza, sucesso imediato com as meninas de todas as idades. Penteados, esmaltes e maquiagem à vontade. Depois de fazer muita unha, as mamães noel também usaram o Cantinho, mas as cabeleireiras, manicures e maquiadoras da vez eram as garotas do Projeto Lar. Ah, os homens do Vai Ser Luz também não escaparam e sentiram na pele tudo que as mulheres passam para ficarem mais bonitas!

Desenhos para colorir, pular corda, brincar com bola, ficar correndo pra lá e pra cá, cantar os sertanejos da atualidade e algumas músicas clássicas... Passamos uma manhã inesquecível com o Orfanato Projeto Lar. Mas também fomos surpreendidos por carinhos e vozes que não esperávamos encontrar. São momentos como esse que desarmam todos os receios em “fazer algo por alguém”, e quem fica com a sensação de quem ganhou um dia especial cheio de presentes somos nós.

Fechamos a manhã com a entrega dos presentes pelo Papai Noel. Distribuímos bonecas, carrinhos, jogos, bolas... E recebemos beijos, abraços e muitos sorrisos. Acho que não é preciso dizer quem saiu ganhando, certo?

O ideal do Vai Ser Luz é levar não só o que lugares especiais necessitam, materialmente falando, mas partilhar um pouco do que nós recebemos em nossa caminhada. Queremos ser luz, sorriso, brilho no olhar, abraço apertado e risada para quem precisar, ou não, e para nós mesmos.





sábado, 20 de novembro de 2010

Palavras de Marelhy...

“Quando eu vim presa, eu não vim em flagrante. Me pegaram dentro da minha casa. Eles não foram na minha casa pra pegar eu, foram pra pegar o meu parceiro. E ele não tava lá. Na verdade, falaram que ele tava lá, e ele não tava lá. Na real, a polícia foi lá pra pegar ele, aí por um acaso ele falou 'vem comigo'. Aí tinha uma Paraty parada na frente assim, aí ele falou 'olha pra lá', e eu olhei, porque o vidro era fumê e eu não vi ninguém lá. Aí eu escutei falando no rádio 'é ela mesma'. Pronto, caiu a casa. A vítima tava dentro do carro. Mas eu não vim em flagrante nenhum. Eu já tava pedida há sete meses, eu já tava procurada. Mas ninguém sabia que era eu. Não era meu nome, era minha foto só..”

(texto de abertura do livro "Eu não sou do crime" - A história da mulher que alimentou a filha com dinheiro errado)

sábado, 13 de novembro de 2010

Enquanto isso, no lustre do castelo....

A idéia deste ano era usar e muito esse espaço! Porém, os últimos meses foram uma loucura!

Estou na reta mais que final do TCC... ele será entregue nesta próxima sexta, dia 19 de novembro! Ainda não poderei comemorar meu diploma, pois faltam alguns trabalhos e provas! Mas o Natal tá quase aí...

Prometo em breve um post com trechos dos livro..e fotos também! "Eu não sou do crime" - A história da mulher que alimentou a filha com o dinheito errado - é quase um filho...E me mostrou a vocação jornalística que eu sempre tive... Pensa numa pessoa que ia feliz para uma cadeia fazer entrevistas? EU!

Vocês já sabem o nome do livro, e olha que não falamos para quase ninguém!
Semana que vem, posto mais algumas coisas!

Pra começar, um das nossas "paisagens" de dentro das oficinas do Pavilhão II, da Penitenciária Feminina de Sant'Ana.


Foto de João Fantini

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Além das grades

Após uma breve tentativa de fazer meu TCC sobre o cemitério de Perus, por questões fapconianas, tive que mergulhar no universo carcerário feminino de São Paulo. Em alguns meses, um livro apresentará o perfil da mulher presidiária do estado. Mas, antes disso, pesquisas levaram a entender um pouco o que há além das grades das cadeias paulistanas.

Procurando por dados oficiais sobre essa população, descobri no site do Ministério da Justiça várias tabelas resultantes de um "censo penitenciário" de 2009. Alguns números chamaram a atenção: de 7.605 detentas, 114 possuem superior completo; 468 são estrangeiras (o país com maior número de presas é a África do Sul: 83); mais da metade delas, 4.263 foram condenadas por tráfico de entorpecentes; e não há nenhum relato de fuga de mulheres.

O projeto “Mulheres Presidiárias” ainda está nascendo, não houve ainda nenhum contato com as detentas (o grupo irá visitar as presas da Penitenciária Feminina de Sant’Ana), mas a vontade de saber quem elas realmente são, e o que foram um dia, no passado, antes da prisão, já alimenta minha curiosidade jornalística de desvendar e relatar a verdade dessas mulheres excluídas do convívio social.

Em nenhum momento o "censo penitenciário" de 2009*, fala sobre as encarceradas que são mães, casadas ou tem alguma relação familiar na prisão. Nesse mesmo ano, o canal TV Nazaré, do Amazonas, exibiu uma reportagem especial sobre o dia das mães de uma presidiária.


(Reportagem: Helga Ribeiro; Imagens: Claudinei Gomes)


*Disponível em http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJD574E9CEITEMIDC37B2AE94C6840068B1624D28407509CPTBRIE.htm

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Mudança nas taxas e nova bandeira de cartão de crédito chamam o consumidor para as compras

O mercado está cada vez mais convidativo e conta com a ajuda de dois importantes bancos brasileiros.


Nos últimos dias de abril, duas significativas informações mexeram com os negócios de cartões de créditos: uma possível regulamentação das taxas e a criação de uma nova “marca”. O Banco do Brasil e o Bradesco lançam a bandeira Elo, para concorrência direta com as outras empresas. Já o Banco Central quer tabelar as tarifas e serviços do setor.

Os dois bancos estão criando a ‘holding’ Elo Participações, apoiada pela Cielo, a maior rede de adquirentes de cartão de crédito e débito no Brasil. O objetivo inicial é atingir o público não-correntista. “A bandeira começa a atuar de baixo pra cima. É um genérico de cartão de crédito”, afirmou Luiz Trabuco, presidente do Bradesco, que tem 50,01% das participações no holding. Os outros 49,99% são do BB, e essa diferença de porcentagem acontece por questões jurídicas.

Ainda sem presidente, a Elo espera ter 15% do mercado de cartões em cinco anos, concorrendo direta e principalmente com a Mastercard e a Visa. “O mercado de cartões tem necessidade de escala, juntar esses dois bancos dá grande ganho de escala”, declarou Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, que acredita que sozinho, o Bradesco não teria condições de lançar a nova bandeira.


Regulamentação das taxas


Acompanhando as notícias sobre a criação da Elo, um outro fator deve chamar o consumidor a integrar esse setor: o governo quer definir e fiscalizar as tarifas dos cartões de crédito. Essa decisão foi tomada pelo ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

“Até o momento, as administradoras de cartão de crédito podiam fixar livremente as tarifas cobradas pelo serviço. Da ausência de regras resultou uma enorme fila de reclamações junto aos órgãos competentes. Há aqui uma situação muito delicada. Apesar de ser uma prestadora de serviço, há muita dificuldade de o Procon criar regras para as administradoras uma vez que estas se submetem apenas à regulação do Conselho Monetário Nacional, (CMN)”, explica Cristina Helena Pinto de Mello, professora de Administração e Macroeconomia na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e na Pontifícia Universidade Católica (PUC). “Assim, o Ministério da Justiça e o Banco Central estão encaminhando ao CMN uma proposta de alteração na forma de cobrança das tarifas regulamentando-as a exemplo do que fazemos com contas correntes”, completa a doutora em Economia pela Fundação Getúlio Vargas.

O objetivo do governo federal é acabar com a diferença de tarifas e a falta de informação sobre as mesmas para os consumidores. A regulamentação seria feita no molde das taxas bancárias, que exige que uma tabela com serviços prestados e valores de taxas seja divulgada.


Adesão de novos consumidores

A cumplicidade dessas novidades nos negócios chama a atenção do público, seja correntista ou não. “O mercado de cartões é convidativo. Há poucas empresas atuando nesse mercado, há segmentos não explorados (pessoas com renda menor, sem comprovante de rendimentos). Acredito que o fato de ser nacional agrega valor à marca. Nem tanto por conta da avaliação do público consumidor de cartões, mas porque possivelmente haverá uma compreensão melhor do funcionamento de nosso mercado, nossas tipicidades, nossa cultura”, acredita Cristina Helena.

Um exemplo de cartão de crédito de sucesso, criado em diferentes e mais simples moldes é o Sorocred, de Sorocaba, cidade do interior paulista. “Pelo sucesso do Sorocred, acredito que o BB e o Bradesco devam ter avaliado haver um bom espaço no mercado para disputar”, declara a professora.

A importância dos dois bancos também é um adicional no possível sucesso da Elo. O Bradesco, com cerca de 54 milhões de clientes, encerrou 2009 com uma base de 132,9 milhões de cartões de crédito e débito. Há aí um crescimento de 50,3% em relação ao terceiro trimestre daquele ano. Com a compra do banco Ibi, elevou sua participação no mercado de cartões de crédito no Brasil para 22%.

O Banco do Brasil terminou 2009 com base de 87,3 milhões de cartões e fatia de cerca de 20% no mercado nacional.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Fugindo da agulha

No ano passado, quando a gripe H1N1 começou a assombrar o mundo, eu não me preocupei muito com o assunto. Sempre fui resistente a gripes e afins, sou difícil de ficar doente. Quando começaram a falar sobre a chegada da vacina no Brasil, também não me interessei pelo assunto, é sempre bom ter a prevenção, mas não estava preocupada com isso.

Chegou o dia de enfrentar a agulha! Boa parte dos meus amigos e conhecidos que tomaram a vacina tiveram alguma reação além da esperada dor no braço: dor de cabeça, náuseas, dores no corpo e febre. Faltam quatro dias para terminar o ciclo de vacinação para os jovens entre 20 e 29 anos e eu ainda não tive coragem de ir! Para me incentivar ainda mais, uma gripe chatinha me pegou esse fim de semana. Tenho até sexta-feira para me decidir, para arriscar minha, nesse momento, frágil saúde. (Tá, exagerei! Na verdade, estou com medo mesmo!)

Desde o começo da campanha, o número de pessoas vacinadas não atingiu o esperado pelo Ministério da Saúde. Os dados mais recentes que encontrei são do G1, desta manhã de segunda-feira, dia 19: um pouco mais de 28 milhões de pessoas estão imunizadas. A vacinação das mulheres grávidas e dos doentes crônicos não atingiu nem 60% desses grupos (54% e 56,2%, respectivamente). Já os funcionários da saúde garantiram suas doses, 100%.

Em relação às crianças, 86% dos bebês entre seis meses e dois anos foram imunizados. O grupo ao qual me incluo, até o momento, está com 41% de protegidos da contra a gripe H1N1. A vacinação para todos esses grupos vai até o dia 23 de abril, próxima sexta-feira, exceto aos idosos de algumas regiões que podem se vacinar também em maio (maiores informações na matéria do G1). Por isso, a porcentagem de imunes deve aumentar. Até lá, decido se entro para as estatísticas.

Matéria do G1:
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/04/ministerio-adia-vacinacao-contra-gripe-sazonal-de-idosos-em-3-regioes.html

terça-feira, 30 de março de 2010

Lucratividade e empreendedorismo na Páscoa

Informalidade e otimismo marcam uma das épocas mais lucrativas do comércio varejista



Com diferenças na temática, mas semelhança nos – altos - índices de consumo como o Natal, a Páscoa de 2010 tem previsão de movimentar aproximadamente 211 milhões de reais somente no estado de São Paulo. Para empresários ligados diretamente a este segmento, cerca de 58% acreditam em um faturamento superior em relação ao ano de 2009.

No mercado informal, as expectativas de bons rendimentos extras para os pequenos empreendedores seguem o perfil otimista das grandes indústrias. Um bom exemplo de persistência e otimismo na busca da renda informal em épocas sazonais como a Páscoa é o de Lilian Bouzan. Em entrevista (veja vídeo), ela comenta que fabrica ovos caseiros para encomendas há três anos, e aposta que 2010 será o mais rentável desde o início de suas atividades. “As encomendas triplicaram em relação ao ano passado”, afirma Lilian.

A tabela montada por Lilian mostra uma grande variedade de preços, que vão de R$ 10 a R$ 41, e de sabores, como os clássicos ao leite e crocante, além de especialidades como de Nutella. Os clientes têm diferentes opções de ovos e recheios e podem montar cestas ou bandejas com vários chocolates. “Tenho uma encomenda de um ovo de seis quilos para uma mulher insaciável”, responde quando questionada sobre pedidos inusitados.

Com a conquista de aproximadamente 20% do mercado do último ano para cá, o consumidor que opta em comprar os ovos de Páscoa caseiros, chega a economizar em alguns casos, aproximadamente, 50% do valor total, em comparação ao ovo industrializado. O sucesso dos ovos produzidos em casa está nos ingredientes usados e no modo de preparo, diferenciando assim, do ovo industrializado. O caseiro se torna mais ‘puro’ com relação aqueles encontrados nas grandes lojas.



Variação de 90% nos industrializados

A Fundação Procon de São Paulo divulgou, no final do mês de março, um levantamento mostrando que há uma diferença de até 90% nos preços dos produtos de Páscoa nos supermercados da capital paulista. De acordo com a pesquisa, a maior variação, de 89,99%, foi verificada no ovo Trakinas Meio a Meio com brinquedo de número 15, que custa entre R$ 9,99 e R$ 18,98. Comparados ao ano passado, houve, em média, alta de 5,79% nos preços dos ovos de Páscoa.

Em outros produtos, como as caixas de bombons, a variação chega a 80,05%. O Grandes Sucessos da Lacta, de 400 g, teve a maior variação, de 80,05% - de R$ 3,33 a R$ 4,16. Nos bolos de Páscoa, a maior diferença de preço, de 68,09%, constatada foi no Bella Páscoa Light de 500 gramas: o produto custa de R$ 7,49 a R$ 12,59. O levantamento foi realizado em dez estabelecimentos entre 9 e 10 de março e foram pesquisados 157 itens.

Crédito foto: www.olx.com.br

Grupo: Murillo Nascimento, Kátia Vasconcelos, João Fantini e Talita Barauna